Responsável:
Enfª Márcia Cristina Néspoli
Função:
Coordenadora Municipal da Atenção Básica
INTRODUÇÃO
A promoção da saúde é uma dimensão
da produção da saúde que tem como responsabilidade atuar sobre as causas dos
problemas de saúde com vistas a melhorar a situação de saúde e a qualidade de
vida das pessoas. Atua sobre indivíduos, sobre grupos sociais, comunidades,
espaços onde as pessoas vivem (escolas, bairros, empresas ou locais de
trabalho)
Dessa forma ela tem que atuar:
·
Aumento da capacidade de indivíduos/comunidades
para o controle/manutenção da sua saúde e qualidade de vida.
·
Nos determinantes sociais, culturais, econômicos
e políticos dos processos saúde-doença através de ações e estratégias
articuladas e coordenadas entre os vários setores do estado / setores sociais e
da sociedade civil.
A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de
saúde no âmbito individual e coletivo que abrangem: promoção e proteção a
saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção
da saúde.
Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa
densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior freqüência e
relevância em seu território.
É o contato preferencial dos usuários com o sistema de
saúde (SUS).
A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade,
complexidade, integralidade, e inserção sociocultural e busca a promoção de sua
saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos ou de
sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver de modo
saudável.
OBJETIVO
GERAL
Promoção
da Saúde de forma essencial para o enfrentamento de desafios globais da saúde
pública de forma efetiva e promoção da qualidade de vida, redução da
vulnerabilidade e dos riscos à saúde relativos aos seus determinantes e
condicionantes
OBJETIVO
ESPECÍFICO
·
Educação em Saúde
·
Empoderamento da Comunidade
·
Fortalecimento dos sistemas de saúde
·
Construção de parcerias e ação
intersetorial
·
Construção de capacidade para a promoção
da saúde
·
Alimentação Saudável
·
Prática Corporal/Atividade Física
·
Prevenção e Controle do Tabagismo
·
Redução da morbimortalidade em
decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas
·
Redução de doenças crônicas
degenerativas
·
Redução da morbimortalidade por
acidentes de trânsito
·
Prevenção da violência e estímulo à
cultura de paz
·
Promoção do desenvolvimento sustentável
·
Promoção da Saúde da Mulher, Saúde do Homem,
Saúde da Criança, do adolescente e do idoso.
·
Acompanhamento do Desenvolvimento da
Criança
·
Vigilância em Saúde
·
Ação de Combate a Malária
·
Ação de Combate a Dengue
·
Imunização de todas as crianças do
município (Campanhas de Vacina)
·
Equidade
·
Planejamento e Programação
descentralizada
·
Compromisso com a integralidade
·
Trabalho em equipe interdisciplinar
·
Coordenação do cuidado em redes de
serviço
ASPECTOS
GERAIS
·
Singularidade dos territórios
·
Importância do vínculo e da co-responsabilidade
·
Fortalecimento da participação social
·
Necessidade em organizar processo de
trabalho intersetoriais
·
Possibilitar o acesso universal e
contínuo a serviços de saúde de qualidade e
resolutivos, caracterizados como a porta de entrada preferencial do
sistema de saúde
·
Efetivar a integralidade em seus vários
aspectos
·
Desenvolver relações de vínculo e responsabilização
entre as equipes e a população
adscrita, garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do
cuidado
·
Valorizar os profissionais de saúde por
meio do estímulo e acompanhamento constante de sua formação e capacitação;
·
Realizar avaliação e acompanhamento
sistemático dos resultados alcançados, como parte do processo de planejamento e
programação;
·
Estimular a participação popular e o
controle social.
·
Para operacionalização da política no
Brasil utiliza-se de uma estratégia nacional prioritária, que é a Saúde da
Família de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde.
CARACTERÍSTICAS
·
A Atenção Básica é uma forma de
organização dos serviços de saúde, tendo como perspectiva as necessidades em
saúde da população;
·
Tem capacidade para responder a 85% das
necessidades em saúde;
·
Dedica-se aos problemas mais freqüentes
(simples ou complexos);
·
Primeiro contato (porta de entrada ao
sistema de saúde).
PRINCÍPIOS
ORDENADORES
·
Primeiro Contato
·
Longitudinalidade do cuidado (ou vínculo
e responsabilização)
·
Integralidade (ou abrangência)
·
Coordenação do cuidado (ou organização
das respostas ao conjunto de necessidades)
POLÍTICA
NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)
·
Portaria nº 648/GM de 28 de março de
2006
·
Estabelece a revisão de diretrizes e
normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família
(PSF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
·
Principais alterações introduzidas pela
PNAB:
a)
Apresenta os princípios gerais para AB e coloca a Saúde da Família como
estratégia de mudança do modelo de atenção.
b) Muda a
nomenclatura da Saúde da Família de “programa” para “estratégia”.
ÁREAS
ESTRATÉGICAS DE ATUAÇÃO
·
Eliminação da Hanseníase
·
Controle da Hipertensão Arterial
·
Saúde da Criança
·
Saúde da Mulher
·
Saúde Bucal
·
Controle da Tuberculose
·
Controle da Diabetes Mellitus
·
Eliminação da Desnutrição Infantil
·
Saúde do Idoso
·
Promoção da Saúde
ESTRATÉGIA
DA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)
·
Estratégia para reorganização da atenção
básica, na lógica da vigilância à saúde, representando uma concepção de saúde
centrada na promoção da qualidade de vida.
·
Não deve ser entendida como uma proposta
marginal, mas, sim, como forma de substituição do modelo vigente, sintonizada
com os princípios da universalidade e eqüidade da atenção e da integralidade
das ações.
CONCEITO
Por
sua possibilidade de garantia de acesso, se mostra estrategicamente importante
como a porta de entrada pela atenção básica no sistema de saúde, sendo capaz de
acompanhar e garantir o acesso aos demais níveis de complexidade do sistema na
medida que cada caso requerer, sem perder o vínculo original e a
individualidade necessária.
DEFINIÇÃO
Estratégia
que privilegia as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde dos
indivíduos e da família, do recém-nascido ao idoso, sadios ou doentes de forma
integral e contínua. A atenção volta-se para a família, entendida a partir de
seu ambiente físico e social.
OBJETIVO
Reorganização
da prática assistencial em novas bases e critérios, com capacidade de ação para
atender as necessidades de saúde da população de sua área de abrangência.
FUNÇÃO
Prestar
assistência contínua à comunidade, acompanhando integralmente à saúde de todos.
COBERTURA
População
adscrita e território: 600 a 1000 famílias, não excedendo o limite máximo de 4000
pessoas por equipe.
A
proporção depende das realidades geográfica, econômica e sócio-política da
área, considerando a densidade populacional e a facilidade de acesso
Uma
Unidade de Saúde da Família pode trabalhar com uma ou mais equipes, não devendo
exceder a 4
Agentes
comunitários de saúde em número suficiente para cobrir 100% da população
adscrita, respeitando-se o teto máximo de 1 ACS para cada 750 pessoas e de 12
ACS para equipe da ESF
Outros
profissionais podem integrar essas equipes de acordo com as necessidades em
saúde da população e da decisão do gestor municipal em consonância com o
Conselho Municipal de Saúde.
COMPOSIÇÃO
Mínimo de:
·
1 Médico generalista
·
1 Enfermeira
·
1 Auxiliar de Enfermagem
·
4 a 6 Agentes Comunitários de Saúde
(ACS) (Podendo atingir o máximo de 12 por equipe)
Jornada de trabalho « 8hs/dia = 40 hs
semanais
Equipe de Saúde Bucal
·
1 Cirurgião-Dentista
·
1 Auxiliar de Consultório Dentário
ATRIBUIÇÕES
DE UMA (ESF)
·
Conhecer a realidade das famílias, com
ênfase nas características sócio-econômicas, psico-culturais, demográficas e
epidemiológicas
·
Identificar problemas de saúde mais
comuns e situações de risco
·
Elaborar, junto com a comunidade, um
plano local para o enfrentamento dos fatores que colocam a saúde em risco
·
Executar, de acordo com a qualificação
de cada profissional, os procedimentos de vigilância à saúde e de VE,
controlando as doenças
·
Prestar assistência integral,
promovendo saúde através da educação
sanitária
·
Resolver a maior parte dos problemas de
saúde, qdo não for possível garantir a continuidade do tratamento, através da
referência
·
Promover ações intersetoriais
·
Promover, através da educação
continuada, a qualidade de vida e contribuir para que o meio ambiente se torne
mais saudável
·
Discutir de forma permanente conceitos
de cidadania, direitos de saúde
·
Incentivar a participação nos Conselhos
Locais de Saúde e no CMS
PROCESSO
DE TRABALHO
- 1 Planejamento local das atividades – deve ser dinâmico e acompanhar as mudanças ocorridas na comunidade
- 2Cadastramento das famílias – informações demográficas, sócio-econômicas, sócio-culturais, do meio ambiente e sanitárias
- 3Diagnóstico das condições de vida e de saúde –identificação dos problemas de saúde mais prevalentes e detecção de situações de risco
- 4Identificação de Microáreas de risco – áreas que possuem fatores de risco e/ou barreiras geográficas ou culturais e indicadores de saúde ruins
- 5 Elaboração de plano de ação
- 6Mapeamento da área de atuação – representação (no papel) da área de atuação da ESF
- 7Organização da demanda – através da identificação de problemas, abordagem coletiva, monitoramento das doenças crônicas, assistência domiciliar
- 8Trabalho em equipe
- 9Atenção domiciliar – a visita domiciliar é realizada pelo ACS que garante o vínculo família-ESF
- 1Trabalho com grupos – através dos ciclos vitais, grupos mais vulneráveis (crianças, gestantes, idosos...)
- 1Educação permanente – preferencialmente em serviço, de forma supervisionada, contínua e eficaz
SISTEMA
DE INFORMAÇÃO (SIAB)
·
Possibilita conhecer a realidade da
população adscrita, seus principais problemas de saúde, seu modo de vida e o
andamento das atividades das equipes ;
·
É um sistema que agrega e processa as
informações sobre a população visitada;
·
Essas informações são recolhidas em
fichas de cadastramento e de acompanhamento e analisadas a partir dos
relatórios de consolidação dos dados
INSTRUMENTOS
DE COLETA DE DADOS:
·
Ficha A: cadastramento das famílias
·
Ficha B-GES: acompanhamento de gestantes
·
Ficha B-HA: acompanhamento de
hipertensos
·
Ficha B-DIA: acompanhamento de
diabéticos
·
Ficha B-TB: acompanhamento de pacientes
com tuberculose
·
Ficha B-HAN: acompanhamento de pacientes
com hanseníase
·
Ficha C: acompanhamento de crianças
(Cartão da Criança)
·
Ficha D: registro de atividades,
procedimentos e notificações
ENTRAVES
À EXPANSÃO DO PSF
·
Formas de incentivos e estratégias de
financiamento para os grandes municípios
·
Capacitação dos profissionais de saúde
·
Integração das equipes do PSF à rede já
instalada
·
Necessidade de mudanças no processo de
produção de serviços diante das novas demandas e necessidades da população, em
áreas marcadas pela violência urbana
·
Necessidade de caracterizar o PSF não
como uma política focalizada para a pobreza, mas como uma estratégia para
consolidação dos princípios de um SUS verdadeiramente universal
CRONOGRAMA
DE AÇÕES
Mês
|
Ação
|
Fevereiro
|
Carnaval
(Setor de Epidemiologia)
|
Março
|
Introdutório
do PSF
|
Abril
|
Campanha de
doação de Sangue
Campanha de
Vacinação do Idoso
Habilitação em
Sala de Vacina
|
Maio
|
Capacitação
com as ESF – Malária
Capacitação
Humaniza SUS
Capacitação em
Classificação de Risco
|
Junho
|
Campanha de
Vacinação
Capacitação de
Tuberculose
|
Julho
|
Campanha das
Hepatites Virais
|
Agosto
|
Campanha de
Vacinação
Campanha de
Combate ao Fumo
Campanha de
Incentivo a amamentação
|
Setembro
|
Capacitação de
Coleta de Preventivo
Capacitação de
Hanseníase
|
Outubro
|
Campanha
Outubro Rosa
|
Novembro
|
Campanha do
Dia Mundial das Vítimas no Trânsito
Campanha do
Dia Mundial do Diabetes
|
Dezembro
|
Campanha do
dia Mundial de Combate a AIDS
|
FONTE
DE RECURSOS
·
Plano de Aplicação Municipal da
Compensação de Especificidades Regionais (CER)
·
Programa Nacional de Melhoria do Acesso
e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ)
·
Co - financiamento da Atenção Básica
·
Piso da Atenção Básica (PAB)
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