sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Plano de Contingência da Dengue 2013


PLANO DE contingência
PROGRAMA DE CONTROLE DA DENGUE
PMCD/2013
 de CANDEIAS DO JAMARI-RO

Prefeito Municipal:
Osvaldo Sousa

Secretário Municipal de Saúde:
Adriana Gonçalves  Rodrigues

Equipe Técnica:
Elisangela Pereira Ronkoski



1 Apresentação
        A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 80 milhões de pessoas se infectem anualmente, em 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa.
O Plano de Contingência para o Enfrentamento de uma Possível Epidemia de Dengue é um instrumento de gestão do Município de Candeias do Jamari, que tem como o objetivo de atender as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, este Plano deve ser entendido como um documento estratégico para a organização da assistência ao paciente com suspeita de Dengue, para orientar as ações de controle vetorial, de vigilância epidemiológica, de comunicação e de mobilização social.
2. Objetivos
2.1. Objetivos Gerais
• Reduzir a infestação pelo vetor da dengue;
• Reduzir a incidência de dengue.
• Detectar precocemente os casos de dengue reduzindo a letalidade das formas graves;
2.2. Objetivos específicos
• Qualificar a assistência ao paciente com suspeita de dengue;
• Melhorar o nível de informação sobre a doença;
• Organizar o Serviço Hospitalar;
• Definir fluxo do paciente no Hospital;
• Melhorar qualidade dos dados e informações;
• Desencadear as ações preconizadas para a eliminação de criadouros, de focos de larvas e combate ao Aedes aegypti.
• Garantir assistência médica conforme o Protocolo de Manejo Clínico e
Terapêutico da Dengue.
• Intensificar as ações de vigilância epidemiológica e de vigilância ambiental.
• Evitar focos do vetor em ambientes hospitalares, para impedir a transmissão de dengue e eliminar o risco de reurbanização da Febre Amarela.

3. Metas
·         Manter a coleta de sangue nas UBS para detecção e confirmação laboratorial precoce dos casos de dengue notificados;
·         Orientar a comunidade sobre os primeiros sinais e sintomas da dengue procurando precocemente a unidade;
·         Produzir e divulgar quatro informativos epidemiológicos ao ano, em nível Regional.
·         Reativar o Comitê Municipal de Mobilização de Combate a Dengue;
·         Contratar 4 Agentes de endemias em Saúde até maio de 2013.
·         Atingir 100% das unidades hospitalares com pelo menos dois clínicos, dois pediatras e, um infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, capacitados como médicos de referência, para casos suspeitos de dengue grave da sua unidade de saúde até junho de 2013. 
·         Atingir 100% das unidades de saúde com classificação de risco implantada até Junho de 2012.

4. Caracterização epidemiológica

A dengue é uma das doenças prioritárias da agenda da Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com este organismo internacional, cerca de 2,5 bilhões de habitantes vivem em áreas com risco de transmissão de dengue, 50 milhões de pessoas se infectam anualmente, cerca de 550 mil necessitam de hospitalização e 20 mil vão a óbito. 
No Brasil, a partir da década de 1980, a dengue passou a manifestar-se de forma epidêmica, principalmente no Rio de Janeiro e Região Nordeste, disseminando-se para 20 dos 27 estados do país durante a década de 1990, atingindo principalmente grandes centros urbanos.  A série histórica da dengue no município de Candeias do jamari apresenta três momentos epidêmicos. Ocorridos em 2005, 2006e 2009.
  
5. Organização da Vigilância em Saúde
5.1. Vigilância Epidemiológica
As ações de vigilância epidemiológica da dengue, em nível municipal, estão sob a responsabilidade do Núcleo de Controle de Endemias e secretaria municipal de saúde, Tem por atribuição analisar os dados e divulgar informações epidemiológicas,  propor medidas de controle ou realizá-las complementarmente; prestar assessoria técnica, investigações epidemiológicas em caráter especial, promover e/ou apoiar capacitações. 
5.2. Vigilância Entomológica
O Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue (SISFAD), atualmente, está centralizado no prédio das endemias, com baixíssima capacidade de análise. Tem-se como proposta, a mudança de local, o que possibilitará o aumento da capacidade de análise dos dados.
A vigilância vetorial é realizada por Agentes epidemiológicos e por servidores da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
 Atualmente, há 3 (três) Agentes epidemiológicos e 5 servidores da Funasa executando o trabalho de visitação às residências. Este número de profissionais é insuficiente, dado que, de acordo com o SISFAD há mais de 10.000 imóveis residenciais e comerciais cadastrados. De fato, a não realização do reconhecimento geográfico (RG), dificulta sobremaneira, conhecer o número real de imóveis.
A insuficiência de recursos humanos para o trabalho de campo é um grande obstáculo para cumprir a meta de seis ciclos ao ano. Essa carência tem comprometido a qualidade do trabalho de investigação ambiental e consequente eliminação de focos.
Para 2013 será adotado na rotina de trabalho a realização do Levantamento de Índice Rápido Amostral do Aedes aegypti (LIRAa) bimestral, em substituição ao trabalho de campo de levantamento de índice (LI).
Para superar essa dificuldade está em desenvolvimento a estratégia de integração do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), com os Agentes epidemiológicos, cabendo aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), as ações educativas e de orientação para eliminação mecânica de criadouros potenciais do Aedes aegypti na sua micro área. O ACS ainda deverá informar ao agente epidemiológico da sua área, os criadouros potenciais do Aedes aegypti que não podem ser removidos, para o tratamento químico.
Realizado o concurso público que deve resolver o problema permitindo-se ser mais ousado em proposições para reduzir pendências.
5.3. Diagnóstico sorológico e virológico 
O diagnóstico laboratorial é realizado de forma centralizado no Núcleo de
Virologia da Gerência Biologia Médica do Laboratório Central de Saúde Pública
(LACEN-RO). Atualmente, realiza-se rotineiramente, exames sorológicos.
6. Organização dos Serviços de Saúde
6.1. Organização da Atenção Primária
Todos os equipamentos e materiais e medicamentos básicos estão previstos e contemplados para as Unidades Básicas de Candeias do Jamari, a saber: paracetamol, dipirona, soro fisiológico 0,9%, seringas, luvas, esparadrapo, fita alergênica, algodão, máscaras, escalpes e jelcos, soro de hidratação oral, termômetro, balança, bebedouro, esfigmomanômetro, estetoscópio e suporte para soro, suficientes para atender a demanda de acordo com a população cadastrada de cada área. Em caso de epidemia, será necessário reorganizar os serviços, aumentando o número de insumos e medicações, que seria suprido pela farmácia pelo almoxarifado central. 
Em relação às macas para transporte e leitos ou cadeiras para observação e hidratação, ainda há um número insuficiente nas unidades básicas para atender a população em caso de epidemia, visto que a estrutura física é inadequada na maioria das unidades das equipes de saúde da família. Já tramitam processos para aquisição de cadeiras de rodas, maca para transporte e cadeira de descanso para atender tal necessidade, assim como reforçar as unidades no que diz respeito a balanças, termômetros digitais e bebedouros. 
Os exames laboratoriais inespecíficos necessários para atender os pacientes com dengue, conforme o protocolo, não é realizado nas Unidades Básicas de Saúde.
Realizam-se as coletas e são encaminhadas para processamento no laboratório do (LACEN). Há dificuldades logísticas para o transporte e retorno dos resultados em tempo hábil, haja vista que a rede ainda não está totalmente informatizada.  Há 4 Unidades Básicas de Saúde.O horário de três UBS funcionamento é de 07 às 18 horas, enquanto Duas E DE 24 HS.
6.2 Acompanhamentos do paciente
Os protocolos com descrição do diagnóstico, manejo clínico e assistência ao paciente (notificação, prova do laço, triagem, exames específicos e inespecíficos, estadiamento clínico, cartão de acompanhamento, referência e contra referência) utilizados nas Unidades são os mesmos descritos nos manuais do Ministério da Saúde.
Em situação de epidemia, a unidade hospitalar deverá reservar espaço físico e equipe treinada para o atendimento conforme o protocolo nacional. Toda unidade de saúde possui quadro fixo com estadiamento, além de manuais com o protocolo completo, devendo estar acessível ao profissional médico.
O acompanhamento do paciente em sua residência será feito pelo ESF, agente de endemias, garantindo as orientações pertinentes ao paciente com suspeita da doença.
6.3. Organização da Rede Laboratorial
A rede de laboratórios da Secretaria de Saúde conta com um Particular.
As UBS não possuem laboratório, e sim, unidades de coleta.
Todo material coletado, para exame específico, é recolhido, diariamente, e encaminhado para o laboratório do LACEN. . 
6.4 Remoções de Pacientes
A operacionalização de remoção e de transporte de pacientes é realizada por meio das ambulâncias disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde. De acordo com a gravidade do quadro clínico.

7. Estratégias para o Período Epidêmico
7.1. Estratégias
– Estratégias de ação

Objetivo
Atividade
Período
Realiza
Controle do vetor
Visitas em quarteirões por agentes da Dengue
Bimestral
Agentes da Dengue
Controle do vetor
Recolhimento de larvas para Analise
Diário
Agentes da Dengue
Controle do Vetor, tornar a população
ciente do perigo da
Dengue, controle da
Doença.
Palestras de prevenção, utilização de veículos de comunicação como forma de prevenção.
Semanal
Coord. Da Dengue
Recolhimento de
objetos que possam
acumular água
conhecido como lixo,
com auxilio da
administração
municipal, veículos de
comunicação local,
regional, e apoio
populacional.




Mutirão da Dengue



Anual
Agentes de endemias,
Departamento de
Vigilância Sanitária,
administração
municipal, secretaria
de saúde,e de obras.
Pits stop
Conscientização da população para o combate do vetor

Semestral


7.2. Organização da Assistência ao Paciente na Atenção Primária
1. Avaliar a necessidade de ampliação do horário de funcionamento das UBS, diariamente, para auxiliar a tomada de decisões. 
2. Independente de ampliação do horário de atendimento garantir esquema especial de atendimento da demanda espontânea.
3. Disponibilizar os Protocolos de Atendimento à dengue e classificação de risco, em todos os consultórios e salas de observação das Unidades de Saúde.
4. Disponibilizar os Protocolos de Atendimento à Dengue e Classificação de Risco, em todos os consultórios e salas de observação das emergências.
7.3. Ações de Mobilização Social
1. Realizar, anualmente, lançamento de campanha de mobilização social envolvendo os diversos órgãos governamentais, iniciativa privada e lideranças comunitárias, tendo a frente o Prefeito (a) e o secretário (a) de saúde.


2. Sensibilizar educadores da rede pública de ensino quanto à importância de se trabalhar o tema dengue nas atividades cotidianas da escola, a fim de conscientizar os alunos a se preocupar com o meio ambiente, prevenir a dengue em casa e motivar pais e responsáveis a aderirem a essa luta.
3. Estabelecer a terceira semana do mês de novembro, como sendo a semana “D” de mobilização social, manejo ambiental e prevenção utilizando estratégias diversificadas e o apoio da máquina governamental necessária.
7.4. Ações de Controle Vetorial
  • Atualização do reconhecimento geográfico;
  • Intensificar e realizar o LEVANTAMENTO DE ÍNDICES + TRATAMENTO (LI+T) Focal, como atividade principal em nosso município, em ciclos periódicos bimestrais, seis (06) ao ano, priorizando a sede municipal (Candeias), seguido do Distrito de Triunfo (Vila),  Pamos (Núcleo) e Nova Samuel (Vila);
  • Manter e Implementar a PESQUISA LARVARIA EM PONTOS ESTRATÉGICOS (PPE) + TRATAMENTO FOCAL e PERI-FOCAL, como atividade complementar, considerando o nosso perfil, podendo vir ser realizado simultaneamente ou paralelo ao LI+T, priorizando a sede municipal (Candeias), seguido de Distrito de Triunfo (Vila),  Pamos (Núcleo) e Nova Samuel (Vila);
  • Realizar quando for necessária, busca ativa de pacientes suspeitos de Dengue ( decorrente de solicitação, denuncias, reclamações ) através de PESQUISA VETORIAL ESPECIAL (PVE) em  todo município;
  • Propor, Discutir e Efetivar a Reinserção dos ACS (Atenção Básica), como implemento e fator imprescindível nas ações do Programa Municipal de Controle da Dengue (PMCD);
  • Propor e Convencer o GESTOR, a confecção e distribuição de tampas de caixas D’agua/Tanques por intermédio da Oficina de Melhorias Sanitárias (Conforme Projeto) para solução da predominância do Aedes aegypti no nosso município;
  • Realizar o LIRAa, mantendo como uma diretriz preconizada pelo Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), utilizado como metodologia para avaliação dos Índices de Breteau e Predial, onde se obtém de forma rápida e oportuna, permitindo assim o norteamento para as ações de combate ao Vetor Aedes aegypti, com objetividade, podendo assim priorizar áreas que indiquem estado de alerta a serem trabalhadas de imediato;
  • Manter e adequar o número de Agentes Sanitaristas ou similar, com vistas à cobertura de 100%  dos imóveis, ou seja, de 800 a 1.000 imóveis para cada Agente, suprindo assim com rigor as visitas e vistorias do Serviço Antivetorial na forma bimensal. Em seguida, início imediato de combate.
  • Reativar  o Comitê Municipal de Mobilização de Controle e combate a Dengue.
  • Programar e Priorizar  mutirão de limpeza urbana nas localidades mais afetadas.
  • Articular e Realizar palestras nas Escolas e Associações de moradores e Similares.
  • Definir o dia municipal de mobilização de combate a Dengue, Podendo vir ser no dia “ D”   nacional e Agendar pit stop  e caminhadas com o tema diga não a DENGUE.
Cronograma de Atividades do Programa Municipal de Controle da Dengue e Febre Amarela de Candeias do jamari 2013
Atividade
Período

JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
Nº de visitas a realizar

1-Visitas domiciliares de combate a dengue na sede do município (Candeias)

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33.540

2-Visitas domiciliares de combate a dengue na sede do município (PAMOS)

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1.746                              

3- Visitas domiciliares de combate a dengue na vila do município ( Nova Samuel )

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    x

1.602

4- Visitas domiciliares de combate a dengue na vila do município (Triunfo)

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12.456

5- Realização do Levantamento Rápido de Infestação – LIRAa  em  todo município

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1.350

6-Adquirir Carro para o combate ao vetor
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7-Promover integração da Dengue com Atenção Básica

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8- Realizar pit-stop
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9-Reunião de avaliação do combate a Dengue
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10- Realizar 6 ciclos de visitas domiciliares
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