PLANO DE contingência
PROGRAMA DE CONTROLE DA DENGUE
PMCD/2013
de CANDEIAS DO JAMARI-RO
Prefeito Municipal:
Osvaldo Sousa
Secretário Municipal de Saúde:
Adriana
Gonçalves Rodrigues
Equipe Técnica:
Elisangela Pereira Ronkoski
1 Apresentação
A dengue é um dos principais problemas
de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 80
milhões de pessoas se infectem anualmente, em 100 países, de todos os
continentes, exceto a Europa.
O Plano de Contingência
para o Enfrentamento de uma Possível Epidemia de Dengue é um instrumento de
gestão do Município de Candeias do Jamari, que tem como o objetivo de atender
as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue,
este Plano deve ser entendido como um documento estratégico para a organização
da assistência ao paciente com suspeita de Dengue, para orientar as ações de
controle vetorial, de vigilância epidemiológica, de comunicação e de
mobilização social.
2.
Objetivos
2.1. Objetivos Gerais
• Reduzir a infestação pelo vetor da
dengue;
• Reduzir a incidência
de dengue.
• Detectar precocemente os casos de
dengue reduzindo a letalidade das formas graves;
2.2. Objetivos
específicos
• Qualificar a
assistência ao paciente com suspeita de dengue;
• Melhorar o nível de
informação sobre a doença;
• Organizar o Serviço
Hospitalar;
• Definir fluxo do
paciente no Hospital;
• Melhorar qualidade
dos dados e informações;
• Desencadear as ações
preconizadas para a eliminação de criadouros, de focos de larvas e combate ao
Aedes aegypti.
• Garantir assistência
médica conforme o Protocolo de Manejo Clínico e
Terapêutico da Dengue.
• Intensificar as ações
de vigilância epidemiológica e de vigilância ambiental.
• Evitar focos do vetor
em ambientes hospitalares, para impedir a transmissão de dengue e eliminar o
risco de reurbanização da Febre Amarela.
3.
Metas
·
Manter a coleta de sangue nas UBS para
detecção e confirmação laboratorial precoce dos casos de dengue notificados;
·
Orientar a comunidade sobre os primeiros
sinais e sintomas da dengue procurando precocemente a unidade;
·
Produzir e divulgar quatro informativos
epidemiológicos ao ano, em nível Regional.
·
Reativar o Comitê Municipal de
Mobilização de Combate a Dengue;
·
Contratar 4 Agentes de endemias em Saúde
até maio de 2013.
·
Atingir 100% das unidades hospitalares
com pelo menos dois clínicos, dois pediatras e, um infectologista do Serviço de
Controle de Infecção Hospitalar, capacitados como médicos de referência, para
casos suspeitos de dengue grave da sua unidade de saúde até junho de 2013.
·
Atingir 100% das unidades de saúde com
classificação de risco implantada até Junho de 2012.
4.
Caracterização epidemiológica
A dengue é uma das
doenças prioritárias da agenda da Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo
com este organismo internacional, cerca de 2,5 bilhões de habitantes vivem em
áreas com risco de transmissão de dengue, 50 milhões de pessoas se infectam
anualmente, cerca de 550 mil necessitam de hospitalização e 20 mil vão a
óbito.
No Brasil, a partir da
década de 1980, a dengue passou a manifestar-se de forma epidêmica,
principalmente no Rio de Janeiro e Região Nordeste, disseminando-se para 20 dos
27 estados do país durante a década de 1990, atingindo principalmente grandes
centros urbanos. A série histórica da
dengue no município de Candeias do jamari apresenta três momentos epidêmicos. Ocorridos
em 2005, 2006e 2009.
5.
Organização da Vigilância em Saúde
5.1. Vigilância
Epidemiológica
As ações de vigilância
epidemiológica da dengue, em nível municipal, estão sob a responsabilidade do
Núcleo de Controle de Endemias e secretaria municipal de saúde, Tem por
atribuição analisar os dados e divulgar informações epidemiológicas, propor medidas de controle ou realizá-las
complementarmente; prestar assessoria técnica, investigações epidemiológicas em
caráter especial, promover e/ou apoiar capacitações.
5.2. Vigilância Entomológica
O Sistema de Informação
de Febre Amarela e Dengue (SISFAD), atualmente, está centralizado no prédio das
endemias, com baixíssima capacidade de análise. Tem-se como proposta, a mudança
de local, o que possibilitará o aumento da capacidade de análise dos dados.
A vigilância vetorial é
realizada por Agentes epidemiológicos e por servidores da Fundação Nacional de
Saúde (Funasa).
Atualmente, há 3 (três) Agentes
epidemiológicos e 5 servidores da Funasa executando o trabalho de visitação às
residências. Este número de profissionais é insuficiente, dado que, de acordo
com o SISFAD há mais de 10.000 imóveis residenciais e comerciais cadastrados.
De fato, a não realização do reconhecimento geográfico (RG), dificulta
sobremaneira, conhecer o número real de imóveis.
A insuficiência de
recursos humanos para o trabalho de campo é um grande obstáculo para cumprir a
meta de seis ciclos ao ano. Essa carência tem comprometido a qualidade do
trabalho de investigação ambiental e consequente eliminação de focos.
Para 2013 será adotado
na rotina de trabalho a realização do Levantamento de Índice Rápido Amostral do
Aedes aegypti (LIRAa) bimestral, em substituição ao trabalho de campo de
levantamento de índice (LI).
Para superar essa
dificuldade está em desenvolvimento a estratégia de integração do Programa de
Agentes Comunitários de Saúde (PACS), com os Agentes epidemiológicos, cabendo
aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), as ações educativas e de orientação
para eliminação mecânica de criadouros potenciais do Aedes aegypti na sua micro
área. O ACS ainda deverá informar ao agente epidemiológico da sua área, os
criadouros potenciais do Aedes aegypti que não podem ser removidos, para o
tratamento químico.
Realizado o concurso
público que deve resolver o problema permitindo-se ser mais ousado em
proposições para reduzir pendências.
5.3. Diagnóstico
sorológico e virológico
O diagnóstico
laboratorial é realizado de forma centralizado no Núcleo de
Virologia da Gerência
Biologia Médica do Laboratório Central de Saúde Pública
(LACEN-RO). Atualmente,
realiza-se rotineiramente, exames sorológicos.
6.
Organização dos Serviços de Saúde
6.1. Organização da
Atenção Primária
Todos os equipamentos e
materiais e medicamentos básicos estão previstos e contemplados para as
Unidades Básicas de Candeias do Jamari, a saber: paracetamol, dipirona, soro fisiológico
0,9%, seringas, luvas, esparadrapo, fita alergênica, algodão, máscaras,
escalpes e jelcos, soro de hidratação oral, termômetro, balança, bebedouro,
esfigmomanômetro, estetoscópio e suporte para soro, suficientes para atender a
demanda de acordo com a população cadastrada de cada área. Em caso de epidemia,
será necessário reorganizar os serviços, aumentando o número de insumos e
medicações, que seria suprido pela farmácia pelo almoxarifado central.
Em relação às macas
para transporte e leitos ou cadeiras para observação e hidratação, ainda há um
número insuficiente nas unidades básicas para atender a população em caso de
epidemia, visto que a estrutura física é inadequada na maioria das unidades das
equipes de saúde da família. Já tramitam processos para aquisição de cadeiras
de rodas, maca para transporte e cadeira de descanso para atender tal
necessidade, assim como reforçar as unidades no que diz respeito a balanças,
termômetros digitais e bebedouros.
Os exames laboratoriais
inespecíficos necessários para atender os pacientes com dengue, conforme o
protocolo, não é realizado nas Unidades Básicas de Saúde.
Realizam-se as coletas
e são encaminhadas para processamento no laboratório do (LACEN). Há dificuldades
logísticas para o transporte e retorno dos resultados em tempo hábil, haja
vista que a rede ainda não está totalmente informatizada. Há 4 Unidades Básicas de Saúde.O horário de
três UBS funcionamento é de 07 às 18 horas, enquanto Duas E DE 24 HS.
6.2 Acompanhamentos do
paciente
Os protocolos com
descrição do diagnóstico, manejo clínico e assistência ao paciente
(notificação, prova do laço, triagem, exames específicos e inespecíficos,
estadiamento clínico, cartão de acompanhamento, referência e contra referência)
utilizados nas Unidades são os mesmos descritos nos manuais do Ministério da
Saúde.
Em situação de
epidemia, a unidade hospitalar deverá reservar espaço físico e equipe treinada
para o atendimento conforme o protocolo nacional. Toda unidade de saúde possui
quadro fixo com estadiamento, além de manuais com o protocolo completo, devendo
estar acessível ao profissional médico.
O acompanhamento do
paciente em sua residência será feito pelo ESF, agente de endemias, garantindo
as orientações pertinentes ao paciente com suspeita da doença.
6.3. Organização da
Rede Laboratorial
A rede de laboratórios
da Secretaria de Saúde conta com um Particular.
As UBS não possuem
laboratório, e sim, unidades de coleta.
Todo material coletado,
para exame específico, é recolhido, diariamente, e encaminhado para o
laboratório do LACEN. .
6.4 Remoções de
Pacientes
A operacionalização de
remoção e de transporte de pacientes é realizada por meio das ambulâncias disponíveis
nas Unidades Básicas de Saúde. De acordo com a gravidade do quadro clínico.
7.
Estratégias para o Período Epidêmico
7.1. Estratégias
– Estratégias de ação
Objetivo
|
Atividade
|
Período
|
Realiza
|
Controle
do vetor
|
Visitas
em quarteirões por agentes da Dengue
|
Bimestral
|
Agentes
da Dengue
|
Controle
do vetor
|
Recolhimento
de larvas para Analise
|
Diário
|
Agentes
da Dengue
|
Controle
do Vetor, tornar a população
ciente
do perigo da
Dengue,
controle da
Doença.
|
Palestras
de prevenção, utilização de veículos de comunicação como forma de prevenção.
|
Semanal
|
Coord.
Da Dengue
|
Recolhimento
de
objetos
que possam
acumular
água
conhecido
como lixo,
com
auxilio da
administração
municipal,
veículos de
comunicação
local,
regional,
e apoio
populacional.
|
Mutirão
da Dengue
|
Anual
|
Agentes
de endemias,
Departamento
de
Vigilância
Sanitária,
administração
municipal,
secretaria
de
saúde,e de obras.
|
Pits
stop
|
Conscientização
da população para o combate do vetor
|
Semestral
|
|
7.2. Organização da
Assistência ao Paciente na Atenção Primária
1. Avaliar a
necessidade de ampliação do horário de funcionamento das UBS, diariamente, para
auxiliar a tomada de decisões.
2. Independente de
ampliação do horário de atendimento garantir esquema especial de atendimento da
demanda espontânea.
3. Disponibilizar os
Protocolos de Atendimento à dengue e classificação de risco, em todos os
consultórios e salas de observação das Unidades de Saúde.
4. Disponibilizar os
Protocolos de Atendimento à Dengue e Classificação de Risco, em todos os
consultórios e salas de observação das emergências.
7.3. Ações de
Mobilização Social
1. Realizar,
anualmente, lançamento de campanha de mobilização social envolvendo os diversos
órgãos governamentais, iniciativa privada e lideranças comunitárias, tendo a
frente o Prefeito (a) e o secretário (a) de saúde.
2. Sensibilizar
educadores da rede pública de ensino quanto à importância de se trabalhar o
tema dengue nas atividades cotidianas da escola, a fim de conscientizar os
alunos a se preocupar com o meio ambiente, prevenir a dengue em casa e motivar
pais e responsáveis a aderirem a essa luta.
3. Estabelecer a
terceira semana do mês de novembro, como sendo a semana “D” de mobilização
social, manejo ambiental e prevenção utilizando estratégias diversificadas e o
apoio da máquina governamental necessária.
7.4. Ações de Controle Vetorial
- Atualização
do reconhecimento geográfico;
- Intensificar
e realizar o LEVANTAMENTO DE ÍNDICES + TRATAMENTO (LI+T) Focal, como atividade principal em nosso município, em
ciclos periódicos bimestrais, seis (06) ao ano, priorizando a sede
municipal (Candeias), seguido do Distrito de Triunfo (Vila), Pamos (Núcleo) e Nova Samuel (Vila);
- Manter
e Implementar a PESQUISA LARVARIA EM PONTOS ESTRATÉGICOS (PPE) + TRATAMENTO FOCAL e
PERI-FOCAL, como atividade complementar, considerando o nosso perfil,
podendo vir ser realizado simultaneamente ou paralelo ao LI+T, priorizando a sede municipal
(Candeias), seguido de Distrito de Triunfo (Vila), Pamos (Núcleo) e Nova Samuel (Vila);
- Realizar
quando for necessária, busca ativa de pacientes suspeitos de Dengue (
decorrente de solicitação, denuncias, reclamações ) através de PESQUISA
VETORIAL ESPECIAL (PVE) em todo
município;
- Propor,
Discutir e Efetivar a Reinserção dos ACS (Atenção Básica), como implemento
e fator imprescindível nas ações do Programa Municipal de Controle da
Dengue (PMCD);
- Propor
e Convencer o GESTOR, a confecção e distribuição de tampas de caixas
D’agua/Tanques por intermédio da Oficina de Melhorias Sanitárias (Conforme
Projeto) para solução da predominância do Aedes aegypti no nosso
município;
- Realizar
o LIRAa, mantendo como uma diretriz preconizada pelo Programa Nacional de
Controle da Dengue (PNCD), utilizado como metodologia para avaliação dos
Índices de Breteau e Predial, onde se obtém de forma rápida e oportuna,
permitindo assim o norteamento para as ações de combate ao Vetor Aedes
aegypti, com objetividade, podendo assim priorizar áreas que indiquem
estado de alerta a serem trabalhadas de imediato;
- Manter
e adequar o número de Agentes Sanitaristas ou similar, com vistas à
cobertura de 100% dos imóveis, ou
seja, de 800 a 1.000 imóveis para cada Agente, suprindo assim com rigor as
visitas e vistorias do Serviço Antivetorial na forma bimensal. Em seguida,
início imediato de combate.
- Reativar o Comitê Municipal de Mobilização de
Controle e combate a Dengue.
- Programar e
Priorizar mutirão de limpeza urbana
nas localidades mais afetadas.
- Articular e
Realizar palestras nas Escolas e Associações de moradores e Similares.
- Definir o
dia municipal de mobilização de combate a Dengue, Podendo vir ser no dia “
D” nacional e Agendar pit
stop e caminhadas com o tema diga
não a DENGUE.
Cronograma
de Atividades do Programa Municipal de Controle da Dengue e Febre Amarela de Candeias
do jamari 2013
Atividade
|
Período
|
|||||||||||||
|
JAN
|
FEV
|
MAR
|
ABR
|
MAI
|
JUN
|
JUL
|
AGO
|
SET
|
OUT
|
NOV
|
DEZ
|
Nº
de visitas a realizar
|
|
1-Visitas domiciliares de combate a
dengue na sede do município (Candeias)
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
33.540
|
|
2-Visitas domiciliares de combate a
dengue na sede do município (PAMOS)
|
-
|
x
|
-
|
x
|
-
|
x
|
-
|
x
|
-
|
x
|
-
|
x
|
1.746
|
|
3- Visitas domiciliares de combate a
dengue na vila do município ( Nova Samuel )
|
-
|
x
|
-
|
x
|
-
|
x
|
-
|
x
|
-
|
x
|
-
|
x
|
1.602
|
|
4- Visitas domiciliares de combate a
dengue na vila do município (Triunfo)
|
-
|
x
|
-
|
x
|
-
|
x
|
-
|
x
|
-
|
x
|
-
|
x
|
12.456
|
|
5- Realização do Levantamento Rápido
de Infestação – LIRAa em todo município
|
-
|
-
|
-
|
x
|
-
|
-
|
-
|
x
|
-
|
-
|
-
|
x
|
1.350
|
|
6-Adquirir Carro para o combate ao
vetor
|
-
|
x
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
|
7-Promover integração da Dengue com
Atenção Básica
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
-
|
|
8- Realizar pit-stop
|
-
|
-
|
x
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
x
|
-
|
x
|
-
|
-
|
|
9-Reunião de avaliação do combate a
Dengue
|
-
|
-
|
x
|
-
|
-
|
x
|
-
|
-
|
x
|
-
|
-
|
x
|
-
|
|
10- Realizar 6 ciclos de visitas
domiciliares
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
-
|